Godofredo Viana-MA. 14/10/2024 Locutor Wonder
O conto no Brasil possui raízes que se estendem ao século XIX, período marcado pela transição da oralidade para a literatura escrita, e tem forte ligação com o movimento romântico. O gênero começou a se desenvolver em um momento histórico de consolidação da identidade nacional, logo após a Independência em 1822. Foi por meio de jornais e revistas que esses textos ganharam destaque, buscando entreter e instruir leitores urbanos.
Romantismo não apenas registraram histórias
Autores do período como Silvio Romero e Teófilo Braga não apenas registraram histórias, mas também refletiram sobre a miscigenação cultural do Brasil, agrupando narrativas de origem europeia, africana e indígena. O desenvolvimento do conto caminhou ao lado da popularização da imprensa no Brasil. Desde a década de 1840, jornais cariocas, como Correio Mercantil, traziam contos morais e educativos, destinados a uma classe média emergente que buscava consumir cultura impressa
Com o passar do tempo, o conto ganhou novas nuances. A literatura popular se consolidou como forma de preservação de tradições orais. Muitos contos, originalmente transmitidos de geração em geração, adquiriram uma forma estável na escrita. Essas histórias frequentemente apresentavam lições morais ou elementos fantásticos, reforçando o caráter didático e lúdico que marca o gênero desde suas origens
Além de Silvio Romero, outros nomes importantes contribuíram para essa literatura, como Lindolfo Gomes, que publicou Contos Populares Brasileiros em 1918. Sua obra ampliou o repertório de histórias nacionais, organizando lendas folclóricas e contos picarescos em um formato acessível e popular.
A influência do Romantismo é perceptível até hoje, e muitas dessas histórias ainda são recontadas em escolas e eventos culturais. O conto brasileiro é, assim, uma manifestação viva da identidade do país, refletindo suas raízes e diversidade.
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Romantismo, Romantismo
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